Três Perguntas aos Demógrafos

Dando seguimento à Série Três Perguntas aos Demógrafos, o Blog dos Estudantes de Demografia da Unicamp tem a honra de receber a demógrafa Joice Melo Vieira como convidada. Joice é Professora da Pós-Graduação em Demografia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/Unicamp) e pesquisadora do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (NEPO) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Seus estudos concentram-se na área de ‘Família, Gênero e Demografia’, com interesse em temas como infância e juventude, transições para a vida adulta (incluindo trajetórias, formação de família e mercado de trabalho) e tendências da fecundidade.

Após essa breve introdução, é com grande satisfação que apresentamos as três perguntas elaboradas para a nossa convidada Joice Melo Vieira.

Pergunta 1) Como demógrafa, o que você tem a dizer para os atuais e futuros demógrafos com relação aos temas que podem se tornar, daqui alguns anos, mais pertinentes no campo científico da demografia? Quais seriam eles?

Ao longo da minha formação, eu aprendi que a ciência não dá saltos. Todo desenvolvimento teórico-metodológico depende de um encadeamento de debates e ideias que são tecidos ao longo de décadas. Uma forma de saber o que estará sendo produzido nos próximos anos é acompanhar bem de perto – e com bastante paciência e atenção – o que tem sido publicado hoje nos principais periódicos nacionais e internacionais especializados em Demografia e Estudos Populacionais. Mas também é um exercício muito necessário ler textos clássicos do passado, sobretudo, quando você já identificou uma área a que deseja se dedicar. É muito importante reconstruir a genealogia do pensamento que guia as abordagens que assumimos hoje como “novidade”. Tudo tem uma história. E não digo isso pensando apenas em teorias. Todos os métodos têm uma história por trás.

Para quem está começando ou cogita estudar Demografia, eu sempre recomendo acompanhar as publicações periódicas da N-IUSSP, pois são textos curtos e que procuram traduzir em linguagem acessível alguns dos principais debates contemporâneos na Demografia. Outro contato inicial com a literatura que pode resultar em ideias de pesquisa, ou pelo menos a identificação de uma possível temática de interesse, é consultar o Handbook of Population (2019), editado por Dudley Poston.

Para quem é mais pragmático e costuma ter ideias de pesquisa a partir de dados concretos, mais do que a partir de leituras iniciais, uma estratégia possível é procurar acompanhar o calendário de divulgação de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conhecer os questionários de pesquisas que foram ou estão indo a campo nos estimula a ter insights e a pensar em uma linha de trabalho. Ademais, acho que as novas gerações não poderão ignorar a Demografia digital, a incorporação de dados não convencionais em estudos demográficos (como aqueles provenientes de redes sociais virtuais, por exemplo), o uso criativo de registros administrativos e os sistemas de informação produzidos pelos diversos ministérios e instituições que compõem o nosso sistema estatístico, a exemplo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Dito isso, as grandes questões que devem seguir em pauta nos próximos anos são o envelhecimento populacional, as mudanças na estrutura etária e suas implicações, seja para o mercado de trabalho, previdência, sistema de saúde e a necessidade de começar a levar mais a sério a chamada educação ao longo da vida (lifelong learning), ou mesmo a educação formal para pessoas que não se escolarizaram nas idades consideradas ideais. O ritmo de recuperação da expectativa de vida no pós-pandemia de Covid-19. O reavivamento de políticas populacionais em muitos países tanto do Norte quanto do Sul global, seja no campo da reprodução humana ou das migrações. A emergência e arrefecimento de fluxos migratórios motivados por mudanças climáticas, conflitos armados, grandes empreendimentos capitalistas ou desastres socioambientais continuarão captando a atenção dos demógrafos. Outro fenômeno social relativamente recente que aparentemente ainda não desperta o interesse dos demógrafos por seus pequenos números, mas que precisamos manter em nosso radar, é a paulatina aceitação do suicídio assistido e da eutanásia ao redor do mundo. Sempre houve consenso de que as pessoas gostariam de viver mais. Porém, parece ser que cada vez mais valorizam viver melhor.

Também há bastante demanda por investigações sobre os mecanismos envolvidos na redução da fecundidade no Brasil e o desejo (ou não) por filhos. Estive recentemente em um congresso internacional e me impressionou o volume e a qualidade dos trabalhos sobre “singlehood” ou certa “solteirice” (voluntária ou não) e suas implicações para o timing e quantum da fecundidade, níveis de satisfação com a vida, vulnerabilidade socioeconômica, saúde física e mental. Para quem está buscando temas menos convencionais na Demografia, o estudo das populações LGB (lésbicas, gays e bissexuais) deve ganhar maior impulso e visibilidade nos próximos anos. Sei que muitos pesquisadores desejariam informações sobre população LGBTQIA+, mas por enquanto os dados que temos nos permitem pensar as condições de vida e características da população LGB, o que já é um progresso se pensarmos qual era o nosso cenário há uma década atrás. Estudos sobre a população quilombola, que pela primeira vez foi identificada em um censo brasileiro, devem receber muita atenção quando os microdados do censo 2022 estiverem disponíveis.

Agora pensando exclusivamente na minha própria agenda de estudos, tenho procurado acompanhar a crescente colaboração entre demografia e psicologia social com foco principalmente no desenvolvimento infantil, além de abordagens relativas à estratificação social e curso de vida. Em um contexto em que a população está envelhecendo muito rapidamente, eu continuo apostando que a Demografia da Infância e Juventude seguirá sendo um tópico de estudo de alta relevância, especialmente porque esta será uma parcela populacional cada vez mais valorizada quando se pensa sobre a conservação e continuidade dos grupos humanos no tempo. Além disso, tenho muito interesse em mudanças na composição populacional, seja do ponto de vista etário, racial, religioso ou educacional. Acredito que estudos relacionados às transições religiosa e educacional no Brasil serão muito promissores para entender os rumos da demografia nacional e subnacional nas próximas décadas.

Pergunta 2) Partindo de uma perspectiva interdisciplinar entre as ciências sociais e a demografia, quais os principais desafios a serem enfrentados hoje no campo disciplinar demográfico, e como as ciências sociais podem contribuir para a superação desses desafios?

Uma resposta bem singela a essa pergunta poderia ser que a Demografia muitas vezes importa ou adapta teorias das Ciências Sociais. Sendo assim, as Ciências Sociais podem contribuir para a superação de desafios teóricos e conceituais da Demografia. Vamos considerar as duas principais teorias aceitas na Demografia. É amplamente conhecido o quanto a Teoria da Transição Demográfica está diretamente alinhada com a Teoria da Modernização. Ou o quanto a Teoria da Segunda Transição Demográfica se beneficiou das contribuições de Abraham Maslow (psicólogo) sobre a hierarquia entre necessidades humanas (das fisiológicas àquelas ligadas à autorrealização), bem como das teorizações de Ronald Inglehart (cientista político) sobre valores tradicionais, modernos e pós-modernos, ou ainda dos trabalhos de Philippe Ariès (historiador) sobre idades da vida, concepções sobre a infância e a família ao longo do tempo.

Mas eu vou me permitir delinear um caminho mais polêmico. Em primeiro lugar, pessoalmente, eu não vejo a Demografia como um campo totalmente separado das Ciências Sociais. Há uma enorme zona de intersecção e afinidade. Talvez Caldwell (1996) seja quem mais investiu em compreender a complexidade dessa relação. Aconselho que ele seja lido, especialmente por aqueles que consideram cursar Demografia na Unicamp. Não é trivial que o Programa de Pós-Graduação e o Departamento de Demografia estejam situados no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) em nossa universidade. Antes da fundação do Programa de Pós-Graduação em Demografia, existiu um momento em que estávamos organizados como uma linha de Estudos de População, dentro do Doutorado em Ciências Sociais. Nossa história está visceralmente ligada às Ciências Sociais no caso da Unicamp e de outras universidades ao redor do mundo. Isso é um fato histórico.

Eu acho que todos os relacionamentos, inclusive entre campos disciplinares, precisam ser construídos com base em 5 valores ou pilares básicos: colaboração, reciprocidade, honestidade, humildade e criatividade. Eu acho que não basta os demógrafos se perguntarem “o que as Ciências Sociais podem aportar à Demografia?” Muitas vezes, ao longo da minha trajetória, eu senti como se as pessoas me questionassem “o que uma antropóloga pode aportar à Demografia?” Mas depois de ter terminado o meu doutorado e ter começado a trabalhar em uma graduação em Ciências Sociais, e muito mais tarde em um Doutorado em Ciências Sociais em paralelo à minha atuação no Programa de Pós-Graduação em Demografia, eu acredito que como demógrafos também devemos nos perguntar o que nós podemos aportar às Ciências Sociais, à Economia, à História e um largo etc. Existe uma beleza imensa em servir aos demais. Para mim, a Demografia é por definição interdisciplinar e deveria se preocupar mais em servir aos demais do que em construir um núcleo duro impenetrável, compreensível apenas por duas centenas de pessoas em todo o mundo. A longevidade desse campo depende em grande medida do seu próprio esforço em se fazer inteligível e se associar a outras áreas. Às vezes, sinto por parte de alguns demógrafos uma inquietação muito grande com certo essencialismo, ou até purismo, em relação ao que pode ou não ser considerado um estudo “verdadeiramente” demográfico. Essa é uma lógica científica do século XIX, e não do século XXI. A proximidade de outras disciplinas não é uma ameaça existencial. Muito pelo contrário, deve acelerar o amadurecimento da Demografia. Não vou me alongar muito sobre esse ponto, mas foi uma virada de chave tomar contato com a produção de Álvaro Vieira Pinto que, até onde sei, foi o único filósofo brasileiro a refletir sobre a epistemologia da Demografia. Há três livros dele que considero fundamentais: El Pensamiento Crítico en Demografía (1973), La Demografía como Ciencia (1975) e Filosofia Actual (1957, reeditado em 2022) cujos capítulos 8 e 9, sobre “crise na ciência” e “o empirismo lógico e o neopositivismo” deveriam receber especial atenção, inclusive para que os demógrafos possam antecipar eventuais críticas aos seus trabalhos por parte de outros cientistas sociais.

Pergunta 3) O campo da Demografia é bastante interdisciplinar e abriga alunos, principalmente, das três áreas do conhecimento (exatas, humanas e biológicas). Quais dicas você daria aos alunos de exatas para se adaptarem ao caráter de humanas dos cursos (Ex: leitura e apropriação dos textos, fichamentos, habilidades de escrita de artigos)? E quais dicas você daria aos alunos de humanas e biológicas para se adaptarem ao caráter de exatas do curso (Ex: métodos quantitativos, estatística e amostragem, laboratórios práticos e bancos de dados)?

Eu acho que algo que serve para os dois grupos de pós-graduandos é antes de mais nada ter disciplina. Criar uma rotina de estudos e de desenvolvimento dos trabalhos propostos ao longo do curso ajuda muito. Outro mantra a considerar é menos competição e mais colaboração. Pós-graduação é uma corrida de longa distância com muitos obstáculos. Atravessar esse percurso com companhia será mais agradável, saudável e proveitoso do que sozinho(a), contando no máximo com o(a) orientador(a). Forme um grupo de estudos com seus colegas, valorize as pessoas que têm uma formação distinta da sua, ao invés de desacreditá-las ou querer provar que sua área de base ou interesses de pesquisa são, necessária e universalmente, os mais relevantes para toda a Demografia. Por outro lado, pense na sua formação de base usando a lógica do copo meio cheio, e não a lógica do copo meio vazio. Você já fez pelo menos uma graduação (ou até um mestrado) e só está aqui porque foi de alguma maneira bem-sucedido(a) na sua área de origem. Use o que você já sabe a seu favor, e dedique mais tempo ao que você não sabe. Preencher a outra metade do copo vai exigir esforço e tempo, portanto, não se lamente ou se compare com os demais. Mantenha a mente aberta para aprender o que é novo para você. Tenha consciência desde cedo que nenhum de nós tem o copo 100% cheio, mesmo os mais experientes e notáveis.

Agora vamos às especificidades… Sendo bem honesta, leitura e escrita é prática e constância. Não adiante você ficar se repetindo que não escreve bem e adiar o momento de sentar diante de uma página em branco e começar a escrever. Leia o que estiver na sua frente: poesia, literatura ou o jornal. Não leia exclusivamente textos acadêmicos e de Demografia. A capacidade de interpretação aumenta quando a gente transita entre diferentes estilos textuais e linguagens. Todavia, se ter algum material de apoio for diminuir a ansiedade, para quem vem das exatas, diria que existem diversos livros que se propõem a auxiliar no processo de escrita, que ensinam a fazer fichamentos e explicitam técnicas para começar um texto, desenvolvê-lo e concluí-lo. Poderia indicar:

ABREU, A.S. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção, 13ªed. Cotia: Ateliê Editorial, 2009.

BECKER, H. Truques da escrita: para começar e terminar teses, livros e artigos. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.

ECO, U. Como se faz uma tese. 26. ed. São Paulo, SP: Perspectiva, 2016.

GARCIA, Othon M. (Othon Moacyr). Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 27.ed. Rio de Janeiro, RJ: Editora da FGV, 2010.

VOLPATO, G. L. Dicas para a redação científica. 3ªed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.

WAGER, E.; GODLEE, F.; JEFFERSON, T. How to survive peer review. London: BMJ Books, 2002.

WEG, R.M. Fichamento. São Paulo: Paulistana Editora, 2006. (Coleção aprenda a fazer).

Para quem vem das ciências humanas, comece pelo mais básico em matemática e estatística. Não pule etapas. Aprenda a diferenciar método demográfico de método estatístico, não é a mesma coisa. Você está fazendo uma pós-graduação em Demografia e não em Estatística, isso significa que para nós a Estatística é uma ferramenta. Nossa relação com a estatística é a de um usuário na maioria dos casos. Nisso, os estudantes oriundos das ciências da saúde levam alguma vantagem, porque já estão mais treinados no uso da estatística como ferramenta, e não como fim em si. Não vamos substituir um estatístico ou competir com ele, temos funções diferentes. É muito mais fácil aprender técnicas quando a gente sabe qual é a pergunta de pesquisa que queremos responder. Antes de começar a calcular loucamente qualquer coisa, pense o porquê está calculando, para quê. Todo laboratório de análise demográfica durante o ciclo de formação é precedido por uma aula expositiva. Não saia da sala de aula sem ter certeza que entendeu para que serve a técnica exposta pelo(a) docente. Ainda assim, para quem se sente muito inseguro em relação à estatística básica ou até notações e funções matemáticas, recomento:

MORENO, F.B. Introducción a las matemáticas para las ciencias sociales. Madrid: CIS, 2004.

BUSSAB, W. O.; MORETTIN, P. A. Estatística básica. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

LEVINE, D. M. et al. Estatística: teoria e aplicações usando Microsoft Excel. Rio de Janeiro: LTC Ed, 2005.

SPIEGELHALTER, D. A arte da estatística: Como aprender a partir de dados. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2022.

Para quem trabalha com um software, mas o orientador(a) ou docente de disciplina utiliza outro, considere consultar:

FÁVERO, L.P.; BELFIORE, P. Manual de Análise de Dados: estatística e machine learning com Excel, SPSS, STATA, R e Python. Ed. GEN LTC, 2024.

A Universidade da Califórnia (UCLA) mantém uma página que apresenta como fazer testes e construir modelos estatísticos mais usuais considerando diferentes softwares.

Já a Universidade de São Paulo (USP) mantém o “Canal Pesquise” que ajuda a definir quais os testes estatísticos e modelos mais apropriados a depender do tipo de variável de que dispomos.

Assim como é importante ter discernimento de que métodos demográficos possuem especificidades frente aos métodos estatísticos, é importante não reduzir a estatística ao domínio desse ou daquele software ou linguagem. Sempre há mais de um recurso a considerar de acordo com o seu estágio de aprendizagem e inclinações individuais. Hoje, há uma infinidade de possibilidades de aprendizagem disponíveis online, tutoriais no Youtube publicados em canais institucionais ou de pesquisadores individuais, plataformas que disponibilizam cursos básicos de estatística, matemática, programação e nivelamento de conhecimento em novas tecnologias. É verdade que muitas alternativas são pagas, mas uma bem interessante e totalmente gratuita é o Portal de Cursos Abertos (PoCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que ensina noções de R de forma bastante didática e acessível. A trilha deles, até onde pude acompanhar, contempla 4 minicursos que podem funcionar como apoio didático no caso de alguns alunos: 1) Introdução ao Programa R; 2) Statistical data analysis in R; 3) Introdução aos modelos de regressão linear e não linear com o R; 4) Introdução ao ambiente RStudio e criação de gráficos com ggplot2.

Vale lembrar que, para quem não tem facilidade com programação, isso não é motivo para desistir da Demografia. Há boas opções de softwares como o SPSS, o Stata e o SAS que são bastante amigáveis e intuitivos para aqueles que estão começando a trabalhar com dados. Embora possuam licenças pagas, temos acesso institucional ao primeiro nos laboratórios de informática do IFCH e do Núcleo de Estudos de População (NEPO). O segundo e o terceiro, estão disponíveis para os alunos da Demografia no NEPO.

De todas as maneiras, gostaria de frisar que vocês deveriam investir mais tempo na melhor compreensão de conceitos demográficos e métodos desenvolvidos para lidar com dados precários ou incompletos. Nesse sentido, sugiro fortemente como recursos didáticos de apoio a Demopedia (Enciclopédia de Demografia) e as Tools for Demographic Estimation, disponibilizadas pela International Union for the Scientific Study of Population (IUSSP).

E por último, mas não menos importante, não existe um único livro introdutório de Demografia. Há vários deles disponíveis em nossas bibliotecas com distintos níveis de complexidade ao tratar de uma mesma temática ou método. Se aquele que o(a) docente indicou não parece suficientemente compreensível, procure o capítulo correspondente a esse conteúdo em outro livro introdutório.

A pós-graduação tem muito em comum com esportes de alto desempenho. Exige tempo, treinamento, esforço e resiliência. Ter talento ajuda, mas nem sempre é o fator decisivo. Existem pessoas talentosíssimas que são vencidas pelo cansaço. Muitas vezes porque não absorvem bem as negativas que fatalmente iremos receber mais cedo ou mais tarde; não tem o tempo necessário para se dedicar aos estudos; não recebem o treinamento adequado; e nem o suporte emocional necessário para aguentar a pressão da vida acadêmica. Por isso é tão importante encarar isso tudo como esporte coletivo: mais cooperação, mais disciplina, mais foco.

O Blog dos Estudantes em Demografia da Unicamp agradece a participação da professora Joice Melo Vieira na série Três Perguntas aos Demógrafos.

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